“A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, por exemplo, quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que elas exigem, é cair na superstição.” (Catecismo Igreja Católica Nº 2111)
“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” (Galátas 5,19-21)
A superstição é um pecado, como nos mostra a Palavra de Deus e nos confirma o Catecismo da Igreja Católica. O cristão católico pode ser supersticioso? Não, porque está desprezando a presença amorosa, salvífica e protetora de Jesus na sua vida.
A presença de Jesus na nossa vida nos livra de todo mal e nos protege de todos os ataques do mal. Não precisamos de crenças ou objetos que dêem proteção.
Não necessitamos de uma cor específica de roupa ou usar sempre a mesma peça de roupa para termos sorte. É somente uma peça de roupa e nada mais. Um amuleto é apenas um objeto que não tem força alguma para interferir em nossa vida e muitos menos determinar o destino de uma situação. Ele tem apenas um fator psicológico e emocional.
Os sentimentos supersticiosos também entram na rejeição da Igreja e do Evangelho. Pessoas que tem premonições negativas devem pedir a libertação delas, porque estas não procedem de Deus e nem do Espírito Santo.
Quando uma pessoa tem sentimentos ou visões de situações ruins e negativas devem pedir a Jesus que as liberte destes sentimentos e visões e que Ele não permita que elas se realizem e dê o livramento para as pessoas envolvidas.Gestos supersticiosos também devem ser evitados, como por exemplo, bater na madeira quando alguém fala de uma situação negativa ou creditar que caso a pessoa encontre um gato preto em uma sexta-feira dia 13, ela venha a ter azar ou uma maldição recaia sobre ela.
A busca por adivinhações como previsão do futuro, encontros amorosos são rejeitados pela Palavra de Deus.
Aqueles que se dirigem a tais adivinhos se distanciam de Deus e se afastam da Sua proteção.
Em relação aos amuletos e os objetos de devoção existe uma enorme diferença. Os objetos de devoção que temos em nossas casas são diferentes dos amuletos, porque o objeto de devoção são piedosos e nos recordam a presença amorosa e salvífica de Deus, os amuletos são instrumentos para trazer sorte ou para evitar o mal de forma supersticiosa.
Também quero lembrar que muitas pessoas que se tornaram dependentes de qualquer tipo de superstição acabaram por se tornarem pessoas oprimidas e depressivas.
Toda dependência é negativa porque gera prisão e nunca liberdade. A pessoa não pode sair de casa sem o seu amuleto pois corre o risco de algo ruim acontecer.
Diferente dos objetos sacramentais como o terço ou uma cruz, se estou com eles ótimo estou protegido e seguro pela presença de Deus neles, mas se não estou com eles estou protegido também porque a presença de Deus está no nosso coração e não somente na nossa mente como acontece com o amuleto.
A presença amorosa de Deus está no sacramental, mas pela Sua Uni-Presença, Ele está no nosso coração e em todo lugar ao mesmo tempo, e não somente em um objeto devocional.
Acreditar que Jesus é o Senhor da nossa vida é uma força concreta de proteção e uma forma eficaz de vivermos em harmonia conosco, com os outros e com os ambientes em que convivemos.
Jesus é também o nosso libertador das opressões que sofremos em consequência das nossas experiências negativas em relação as práticas supersticiosas.