Hoje vamos meditar acerca de uma das muitas histórias vividas por São Bento ao longo de sua vida nesta terra. Caso você se interesse por essa história, temos outras aqui em nosso site!
Sem mais delongas, vamos à história:
“Certa vez, quando estava só, apareceu-lhe o tentador: uma dessas avezinhas pretas, conhecidas vulgarmente pelo nome de melro, começou a esvoaçar em torno do seu rosto e a chegar importunamente tão perto, que o santo homem, se o quisesse a poderia apanhar com a mão.
Em vez disto, fez o sinal da cruz, e o pássaro afastou-se. Desaparecida, porém, a ave, seguiu-se-lhe grande tentação carnal, qual nunca o santo experimentara.
Certa mulher, que o espírito maligno lhe fazia por essa ocasião voltar aos olhos do espírito, inflamando de tal modo o coração do servo de Deus a lembrança de sua formosura, que seu peito mal podia conter as chamas do amor, e ele quase pensava em abandonar o deserto, vencido pela paixão.
Mas eis que de repente foi contemplado pela graça celeste, e voltou a si; vendo, então, ao lado de si crescerem densas moitas de urtigas e espinhos, atirou-se, despido, a essas pontas e a essas chamas, onde se revolveu por tanto tempo, que, ao sair, estava ferido por todo o corpo.
Assim expulsou do corpo, pelas feridas da carne, a chaga do espírito: convertera em dor a volúpia. Ardendo por fora em justa punição, apagou o que por dentro ilicitamente queimava. Venceu, pois, o pecado, porque transformou a natureza do incêndio. E a partir dessa época, como ele mesmo dizia aos discípulos, foi nele a tal ponto subjugada a tentação da volúpia, que nunca mais a sentiu”.
São Bento, rogai por nós!
Do livro: “A história da vida, os milagres e a medalha de São Bento” de Márcio Múrcia.