Ao primeiro contato com a pessoa colérica acreditamos que é uma pessoa dinâmica, forte, competente, capaz de resolver tudo. Sentimo-nos alicerçados e tranquilos, porque parece que ele tudo pode, tudo resolve.
Ficamos maravilhados com sua postura, sua capacidade de persuasão e de convencimento. Seus feitos são heroicos, parece que nada pode atingi-lo e se for atingido sairá ileso e ainda vencedor.
Com o passar do tempo percebemos que é preciso pagar um preço muito alto para continuarmos desfrutando dessa segurança, pois ele passa a oprimir, exigir e até extrapolar para que sejamos iguais a ele. Então passamos do encantamento para a repugnância, queremos distância, mas nos sentimos presos, impotentes, porque estamos ainda fascinados.
É muito perigoso este extremo de sentimentos e avaliações, portanto, é necessário equilíbrio e discernimento. Não resolve desprezarmos suas aptidões porque vamos acabar precisando delas, nem podemos deixar que ele domine tudo porque nos levará a vivermos coisas que não queremos. É mais sábio tirar proveito de suas capacidades, medir suas sugestões e projetos; dar um voto de confiança, mas medindo as consequências.
Ele aparece do nada como um furacão. Ficamos primeiro impressionado e depois temos medo. Então, como lidar com pessoas do temperamento colérico?
É simples, o colérico chega impondo a sua autoridade nos lugares e nas pessoas, porque é próprio dele ocupar esta posição. Possui muitas qualidades, destacando principalmente a sua facilidade em assimilar as coisas e se adaptar a situações. É sempre a melhor escolha deixar que ele seja quem ele é, mas não permitindo que ultrapasse os seus limites, ou seja, o de querer viver a sua vida por você. É preciso saber lidar com sua autoridade, ele não é tão mal quanto aparenta ser, muito é autodefesa, então coloque demarcações que te ajudará a mantê-lo fora dos seus domínios e no seu devido lugar.
Observação: na imagem de capa temos São Jerônimo, um colérico!
Do livro: “Temperamento controlado, Coração transformado” de Márcio Múrcia.